A construção no Equador

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27 setembro 2017

O setor experimentou queda contínua nos últimos anos, mas a Câmara da Indústria da Construção espera recuperação para 2018. 

Ecuador arq silverio

A construção se constitui como um dos setores produtivos que maior riqueza aporta à sociedade, por sua participação tanto na quantidade de empresas dedicadas a atividades diretas e relacionadas (14.366 estabelecimentos no Equador), assim como por seu efeito multiplicador sobre os níveis de mão de obra empregada. Inclusive, em nível internacional, a construção é considerada o setor mais empregador do mundo.

Situação equatoriana

No Equador, o governo nacional investiu na infraestrutura, ao longo do período 2007-2014, grande parte das receitas provenientes do aumento do preço do petróleo. Isto ajudou a construção a dar um grande impulso na economia nacional. Em 2013, a indústria alcançou seu auge, chegando a representar 10,46% do PIB nacional, segundo dados oficiais.

Não obstante, desde então o setor se retraiu. Em meados de 2015, a construção equatoriana experimentou uma queda de, 1,7%, que se aprofundou em 2016 com outra queda de 8,9%, e para este ano a expectativa é de nova contração, desta vez de 7,3%.

Isto se dá como consequência da queda do preço do petróleo, e das novas políticas implantadas, como a Lei da Mais-valia, que não beneficiaram um setor que já se encontrava em crise.

Apesar do anterior, a construção continua tendo uma participação sustentada no PIB nacional, que atualmente se situa em torno de 8,6%, em quarto lugar.

Vale dizer que se trata de uma indústria que mantém um comportamento cíclico na economia nacional, pelo que esperamos para 2018 que melhore sua situação. Segundo a CEPAL, se prevê que para o ano que vem a economia do Equador cresça 1,8%.

Mudanças positivas

O governo nacional manifestou seu interesse de modificar a normativa que atualmente afeta a construção, o que junto com a decisão de iniciar um ambicioso projeto imobiliário de 325 mil unidades habitacionais de interesse social para resolver o déficit habitacional do país (programa Casa para Todos), gera grande expectativa entre os construtores, pois para a execução deste projeto não só deverão participar as empresas do ramo imobiliário, mas também as empresas construtoras e de infraestrutura.

O ano de 2018 inspira uma guinada positiva devido ao encadeamento que a construção tem com o resto dos setores produtivos, por ser um grande gerador de valor agregado e criador de fontes de trabalho direto e indireto, já que apesar das inovações tecnológicas, a construção continua empregando uma alta porcentagem de mão de obra.

Estamos convencidos de que a construção é um meio eficiente para melhorar a situação econômica da América Latina.

 

O arquiteto Silverio Durán é presidente da Câmara da Indústria da Construção (CAMICÓN).

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